O serviço secreto da Polícia Militar afirma em relatórios sobre as
manifestações contra o aumento das tarifas de transporte em São Paulo
que os grupos mais violentos nem sempre agem de maneira espontânea.
Punks que partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) com o objetivo de desgastar o PT do prefeito Fernando Haddad e o PSDB do governador Geraldo Alckmin, de acordo com documentos sigilosos aos quais a Folha teve acesso.
Para a polícia, a forma de ação desses supostos punk é "semelhante a atos de guerrilha". Seria também uma forma que integrantes do PSOL teriam encontrado de constranger os dois governantes sem aparecer numa situação que poderia desgastar a imagem do partido, de acordo com esses relatórios.
Um dos relatórios do P2, sigla pela qual é conhecido o serviço reservado da PM, frisa que não há envolvimento do PSOL como partido, mas de militantes avulsos. A avaliação foi feita por policiais militares infiltrados.
Jovens durante a manifestação contra o aumento da tarifa nas ruas de SP; polícia diz que PSOL recruta 'punks' para os protestos
Punks que partem para o quebra-quebra são arregimentados por militantes do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) com o objetivo de desgastar o PT do prefeito Fernando Haddad e o PSDB do governador Geraldo Alckmin, de acordo com documentos sigilosos aos quais a Folha teve acesso.
Plínio de Arruda Sampaio, ex-presidenciável pelo Psol, acompanhou na quinta-feira (13), o protesto, contra os vinte centavos |
Para a polícia, a forma de ação desses supostos punk é "semelhante a atos de guerrilha". Seria também uma forma que integrantes do PSOL teriam encontrado de constranger os dois governantes sem aparecer numa situação que poderia desgastar a imagem do partido, de acordo com esses relatórios.
Um dos relatórios do P2, sigla pela qual é conhecido o serviço reservado da PM, frisa que não há envolvimento do PSOL como partido, mas de militantes avulsos. A avaliação foi feita por policiais militares infiltrados.
Jovens durante a manifestação contra o aumento da tarifa nas ruas de SP; polícia diz que PSOL recruta 'punks' para os protestos
Os punks e anarquistas partem para o que a polícia chama de "atuações
paralelas" sempre que suas propostas são rejeitadas pelo Movimento Passe
Livre, que convoca as manifestações.
O presidente nacional do PSOL, o deputado federal Ivan Valente, diz que a
avaliação é completamente equivocada. "Os arapongas sempre cometem
erros crassos de avaliação política. O
PSOL nunca apoiaria esse tipo de comportamento. Não precisamos utilizar ninguém para criticar governos".
PINGA ANTES E DEPOIS
O monitoramento mostrou que os punks seguem um ritual que se repete nas
manifestações, segundo os relatos feitos. Tomam pinga antes de começar
os protestos, esperam o movimento atingir o seu ápice para começar a
agir e comemoram os resultados com mais pinga depois que o corre-corre
acaba.
Para destruir vitrines e janelas, eles usam uma meia recheada com ferro e pregos, segundo o relato dos PMs.
A polícia diz que os punks que seriam recrutados por militantes do PSOL
já acreditavam na violência como forma de protesto. Parte deles é ligada
ao Black Bloc (Bloco Negro), uma estratégia anticapitalista que nasceu
na Alemanha, nos anos 70.
O Black Bloc prega o ataque a símbolos como o McDonald´s como uma forma
de combate ao capitalismo. Todos usam máscaras e roupas pretas, tida
pelos anarquistas como a cor da negação.
A avaliação da polícia o é que o Movimento Passe Livre tem intenções
"sinceras" ao defender a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3,00 e não
tem orientações violentas. Mas, como não aceita lideranças, permite que
esse tipo de comportamento violento explore o movimento.
A inexistência de lideranças é considerada o pior pesadelo para a
polícia porque não há alvos claros. Outra dificuldade é separar a ação
política dos atos criminosos. Informações da Folha Press
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